Por César Costa
Vens, como advindo do nada
ou como um pássaro cego.
Vens, como descrito por muitos
ou como nunca antes dito por ninguém.
Tu não erras ou pensas que não
já não amas e sabes que não.
Mas, posso te curar
te encontrar na rua
compartilhar contigo o amor da minha mãe
ceder um gole do meu licor de romã...
- não há menosprezo por isto.
Sabes quem sou
onde caí, chorei
sabes que errei
durante anos estive em tuas mãos...
- marionete feita de traços.
Vi padres sem vestir batinas
bebi água de amor em poço...
- só que não era água limpa.
Sabes, fui menino, qual um menino andei
tive sonhos, muitos sonhos.
Os dias vieram e se foram
passaram feito a vida.
Hoje cresci, matei o menino...
- dentro de mim.
(Quantas casas construídas em esquinas
com suas portas fechadas,
dentro, os sonhos das meninas...
- nada a lembrar, nada a lembrar.)
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