por Cesar Costa
Quero acordar exposto, sem palavras
Desnudar a lama numa poesia solta
Esvair meus conceitos e defeitos
Reinventar minha matemática
Dizer que 2 mais 2 é poesia
Depois descobrir a soma dos meus risos
Subtraindo da equação, o que triste me fazia
Um poeta que calcula palavras e versos
Um matemático que recita números complexos
Eu um “ser nu” ou apenas um “ser ao vento”
por Cesar Costa
Anos adolescentes, como orações
Outrora sentimentos esquecidos
Quantos dos anos, nesta são vividos
Perdidos e guardados nos corações
Entoam versos, antes só citações
Renascem então, zelos já dormidos
Costumeiros fascínios conhecidos
Revividos, ressurgem as relações
Tantos anos, vontade naufragar
Quimera do destino, não saber
No passado, resposta para amar
Tomados são, corações pelo ser
Consertando, caminho sem pesar
Voam sonhos antigos, de viver
por Cesar Costa
Às vezes me perco nas palavras meias no meio,
deixando a dor amargar sua marca,
ficando todo cheio de receio
Temores que cegam quem me cerca,
levando a cada frio calafrio,
despertado pelo sentimento que sinto muito
Quem razão maior teria melhor,
quem entre outros cem estaria sem,
quem no peito domina a dor que mina
Tomara que seja só ter sorte,
que possa um nó dar ao notar
e no final decretar o fim enfim
por Cesar Costa
O coração quebrou, perdeu a bussola
Segue sem direção, vaga perdido
Rumo cego levou, sem dar a bola
Atônita razão, rumo cedido
Náufrago coração, refém da dor
Sofre pelo destino seu, encontrado
Foi temido, por teu dominador
Eis chorando canção deste pecado
Tomara busca tenha boa sorte
O peito, a vislumbrar a dor ter fim
Levando sina, rumo encontro morte
Feliz tal qual um belo serafim
Traz esperança, como seu consorte
Firme convicção, qual forte marfim