quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DILEMA DOS SONHOS


por Cesar Costa

Confesso que em ti encontrei um belo dilema,
será possível transformar em um verso tanta beleza?
Seria possível traduzir numa frase
o que deveras apenas a alma é capaz de sentir?
Um belo dilema este,
encontrar as palavras que perfumam a alma de quem as lê
assim como tua imagem faz com perfeição com quem a vê.

Se vires às palavras que escrevo em versos como poesias,
saibas que a verdadeira poesia é a tua imagem aos meus olhos...
Pois tem uma métrica perfeita,
esta absolutamente no tempo correto
e encanta de uma forma lúdica.

Muitas vezes na vida,
achei que os donos dos mais belos sonhos seriam os anjos,
por terem a visão do paraíso,
mas me enganei
porque quem tem os mais belos sonhos sou eu,
pois posso sonhar contigo!

Sem sonhos,
a vida é uma manhã sem orvalhos,
um céu sem estrelas,
um oceano sem ondas,
uma sobrevivência sem aventura,
uma vida sem propósito.
Estes sonhos regam a minha existência de sentido.
Creio que os anjos me invejam por ter tão belos sonhos!

PETIÇÃO DE AMOR


por Cesar Costa

Considerando o medo da solidão,
cuja prisão se fez presente na vida,
numa dor de origem no outrora passado solitário,
mas que agora se revogam os versos
e os decretos contrários;
Considerando o delito de sentir,
querer de forma platônica outra pessoa,
amar o que por direito não pertence,
mas mesmo assim clama sem desalento;
Considerando a tutela da felicidade,
cujo processo foi deferido
em direitos atendidos por Instância Superior;

Pedimos deferimento a esta petição de amor,
sem “habeas-corpus” para o retorno à liberdade,
neste ingresso pelos caminhos da justiça
ao rigor da lei,
e haveremos de pedir a pena máxima da prisão perpetua,
sendo condenados a viver amando e morrer de amor.

Seremos levados num mandato de segurança máxima,
conforme a lei em sua sabedoria dispor,
doando a vida em troca dos serviços prestados do zelo do amor

Dado o despacho, revoga-se a sentença:
“Nos sonhos o amor toma conta,
o vento toca a face
e hão de encontrar a paz de cumprir a pena de se amar por toda vida!”

OLHOS DA NOITE

por Cesar Costa

Estou com planos de roubar os olhos da noite,
espiar o teu sono,
neste delírio observar o teu corpo a dormir,
com o olhar ao qual um pintor pinta seu mais precioso quadro.
Farei do teu corpo uma obra prima da minha arte,
expondo-o como em uma tela
para admiração da verdadeira beleza.

Confesso que fui pego de surpresa!
Sei há quanto tento encontrar o seu traço,
ousando acreditar na fantasia para fazer o verso
que deveras já se cria
ao ver tão belo sonho.
Meu delírio de fazer poesia,
voz macia de quem tanto quis esta sorte,
às vezes fico pensando
se vou conseguir escrever uma poesia tão perfeita
que faça justiça a tua imagem,
cuja visão faz meus olhos se perderem.

Queria ter o mais leve pensamento,
como pluma em brisa mansa,
dando voltas nas poesias que há,
para enaltecer a beleza
e deixar aqui minha admiração
a este belo exemplar de mulher!
Queria a inspiração da lua
para ao luar te seduzir,
escorregando doçuras-ternuras
e nos braços da poesia
poder te encantar de amor...