sábado, 8 de setembro de 2018

PERDOE SER QUEM EU SOU


por Cesar Costa

Perdoe ser quem sou
Não sei ser quem não sou

Não sei ser o oceano
Nem mesmo o mar
No máximo uma poça d’água
Mas mesmo sem tanta beleza
Me contento em matar a sua sede

Não sei ser o céu estrelado
Nem mesmo a lua
No máximo uma lanterna usada
Mas mesmo sem tanta luminosidade
Me contento em iluminar seu caminho na escuridão

Não quero ser nem um nascer, nem um pôr-do-sol
Mas quero ser o sorriso que traz um bom dia ou uma boa noite

Não sei ser quem eu não sou
Perdoe ser quem eu sou

sábado, 1 de setembro de 2018

O HOMEM INVISÍVEL


por Cesar Costa

Um vazio entre a terra e o ar,
um vão entre o céu e o mar,
a diferença entre esquecer e amar.
Onde está?
Onde estará?
Se nem sei o que estou procurando.
Às vezes sou como o reflexo do vampiro no espelho,
outras sou o reflexo primitivo do meu desejo,
receio meu anseio e falseio.
Nem sabes quem sou,
aonde vou,
como estou.
Como poderias saber que existo?
Sem sentido querer ser visto,
se minha ambição de deixar de ser uma quimera
é mera formalidade de um ser prolixo.
Amar e não ser amado,
ver e não ser visto,
existir para quem não existo.
Sou isto!
Mas de ti, não tem jeito, não desisto!