domingo, 8 de setembro de 2024

O SONHO SÓLIDO

por Cesar Costa

O sonho sólido,

não nasce com a aurora,

nem se apaga ao entardecer;

é um universo interno,

uma visão que resiste,

não se dissolve em miragens

ou rimas que ecoam vazias.

 

É a construção de um labirinto,

onde cada passo ecoa,

uma busca incessante,

que exige mais do que intenções;

é o suor da alma,

o calor de mãos entrelaçadas,

um esforço partilhado,

uma sinfonia de corações.

 

Quando o sonho se materializa,

não é um lamento solitário,

mas um hino de vozes unidas,

um abraço que se expande,

fomenta emoções,

enraíza-se em nosso ser,

como raízes de árvores,

firmes na terra do tempo.

 

É no encontro,

na dança de dois seres,

que o sonho se torna

realidade palpável,

um laço duradouro,

onde cada suspiro

é um eco da construção,

onde cada olhar

é uma promessa feita,

onde a vida se transforma

em poesia viva,

escrita nas páginas

do nosso existir.

 

 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

OS VENTOS DA ALMA

 

por Cesar Costa

O vento sussurra segredos antigos,

Com mãos invisíveis toca a pele,

E leva embora o que julgávamos eterno,

Mas, ao partir, planta sementes de mudança.

 

Sopra as folhas secas do ontem,

Transforma memórias em poeira dourada,

E, no vazio deixado, nasce um novo amanhã,

Um jardim secreto sob as tempestades.

 

Há uma dança no ar, feita de perdas,

Onde cada folha caída é uma promessa,

De que o ciclo nunca cessa,

E a dor carrega em si o dom do renascimento.

 

O vento, que arranca as raízes mais fundas,

Também traz o frescor de novas manhãs,

E na sua fúria, encontramos forças ocultas,

Para seguir, mesmo quando o chão nos falta.

 

Nas curvas do rio, aprendemos a ceder,

A adaptarmo-nos ao fluxo incessante,

E cada desafio, como pedra no caminho,

É um degrau que nos leva a ser mais fortes.

 

O amor floresce, mesmo sob ventanias,

Um farol que brilha em meio à escuridão,

Resiliente, como a canção que ecoa no peito,

Guiando-nos, quando tudo parece desmoronar.

 

E assim, seguimos, de braços abertos,

Abraçando o que vem, despedindo-nos do que foi,

Pois no sopro do vento, há uma promessa,

De que a vida, em sua dança, nunca cessa.

 


quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O TEMPO QUE NOS MOLDA

por Cesar Costa

Você já sentiu o tempo deslizando,

como areia entre os dedos,

os dias se arrastando,

enquanto os anos dançam,

rápidos, como folhas ao vento?

 

A rotina gira,

um carrossel de risos e lágrimas,

a monotonia se veste de cores,

cada dia um eco do outro,

mas dentro dessa dança,

há uma música oculta.

 

Você se vê,

refletido nas pequenas coisas:

o cheiro do café pela manhã,

as risadas compartilhadas,

a luz que entra pela janela,

tudo isso um convite à vida.

 

E mesmo enquanto o ciclo se repete,

a resiliência brota do concreto,

como flores que desafiam a gravidade,

crescendo entre as fissuras,

encontrando beleza no comum

e força na aceitação.

 

O tempo não é apenas um ladrão;

ele é o escultor que molda sua essência.

Cada instante vivido,

cada rotina abraçada,

é um passo em direção ao que você se torna.

 

Então, dance com a vida,

mesmo quando a música parece a mesma.

Busque significado nas sombras,

encontre luz nas pequenas coisas,

pois a beleza está, sem dúvida,

na arte de viver o repetido,

na arte de amar o que é. 

BEIJOS ETERNOS

 

por Cesar Costa

O primeiro beijo,

um sussurro de estrelas,

o calor de um verão em chamas,

lábios que se encontram como

dois mundos colidindo,

promessa de infinitos segredos

na suavidade de um toque.


Coração acelerado,

o tempo suspenso,

só existíamos nós,

naquele instante mágico,

onde o ar se encheu de perfume,

e cada suspiro

era um verso não escrito.


Logo vieram outros,

beijos como pinceladas,

cada um, com um tom

na paleta da nossa história.

Um beijo sob a chuva,

gotas dançando em nossos rostos,

outro na luz da manhã,

o calor da pele aquecendo

as memórias do que já foi.


Beijos de despedida,

como folhas caindo em outono,

levando consigo

o eco de risos e promessas,

e beijos de reencontro,

onde o tempo se curva

e a saudade se dissolve

na intensidade de um toque.


Cada beijo,

um espelho da nossa alma,

um fio que tece

o que somos,

um diálogo silencioso

entre o que foi e o que será,

cada um uma ponte

que nos liga à essência

do amor que vivemos.


Mas, ah, a eternidade dos beijos!

Eles se tornam marcas indeléveis,

tatuagens na memória,

ecos que ressoam

na vastidão do tempo.

São chamas que nunca se apagam,

brisas que sopram suave

nas noites solitárias.


E assim, ao longo da vida,

continuo a sentir

a presença de cada beijo,

como estrelas no céu,

iluminando a escuridão,

inspirando e aquecendo,

testemunhos de um amor

que transcende o efêmero,

eterno em sua beleza.


terça-feira, 27 de agosto de 2024

LUZ NAS PEQUENAS COISAS

 

por Cesar Costa

Você, em busca da fé,

navega entre sombras e sorrisos,

onde cada gesto é um farol,

uma luz que ilumina o caminho

nas incertezas do cotidiano.

 

A vida, feita de pequenas alegrias:

um abraço acolhedor;

um olhar que brilha como estrelas...

São momentos assim que nos conectam,

tecendo um manto de autenticidade

num mundo repleto de superfícies frias.

 

A fé não é um eco distante,

mas sim a respiração do agora,

o perfume das flores ao amanhecer,

o riso de uma criança brincando,

um convite para ser fiel a si mesmo,

reconhecendo a força que nos une.

 

Em cada dúvida, uma possibilidade,

uma luz suave que guia o coração;

não se perca nas redes que nos cercam,

mas busque o calor do contato verdadeiro,

onde a alma se revela,

onde a essência floresce sem medo.

 

Você é parte de um todo,

um fio vibrante na tapeçaria da vida,

celebrando sua individualidade

em cada passo dado,

em cada lágrima que se transforma em sorriso.

 

E ao final do dia,

quando as luzes se apagam,

a fé se faz presente nas memórias,

na simplicidade de um momento compartilhado,

na certeza de que o que realmente importa

está nas conexões que cultivamos,

na beleza do que é autêntico e verdadeiro.

 

Portanto, abra os olhos,

deixe a luz da sua fé brilhar,

e descubra o significado profundo

que reside nas pequenas coisas,

pois é nelas que a vida se revela,

é nelas que a esperança se renova.


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A DANÇA DA SAUDADE

 

por Cesar Costa

Saudade é um rio que corre profundo,

Mistura de dor e amor, um laço fecundo.

É a brisa que sussurra histórias passadas,

Um abraço invisível nas noites caladas.


Ela chega sem aviso, um toque suave,

Desperta memórias, como maré que invade.

Cada lembrança é uma estrela que brilha,

No céu do coração, onde o tempo se aninha.


É na dor que a saudade refina,

Lapida memórias, deixa a alma divina.

Purifica o amor, como fogo que arde,

Transforma em sagrado o que antes era alarde.


Aceitar sua presença é um ato de coragem,

Desnudar o coração, viver a viagem.

Cantar suas notas, dançar sua melodia,

Abraçar a saudade com plena alegria.


É uma força que não se pode domar,

Um vento que sopra, impossível calar.

Mas ao entregar-se sem hesitação,

Encontramos paz dentro da transformação.


A saudade, então, se torna gratidão,

Celebra o amor que molda o coração.

E ao final, somos mais inteiros,

Nutridos de amor, de sonhos verdadeiros.


sexta-feira, 28 de junho de 2024

TEMPESTADE DE PALAVRAS

 

Cesar Costa

Quando eu digo que o céu é cinza,

Você diz que ele é azul.

Quando eu clamo pela quietude,

Você busca o turbilhão.

Quando eu vejo fim,

Você encontra começo.

Quando eu abraço a noite,

Você exalta o dia.

Quando eu clamo por pausa,

Você anseia movimento.

 

Em nossas noites de silêncio,

Caminhamos em vidro quebrado,

Palavras como mar de espinhos,

Espalhando dor e mágoa,

Desenhando cicatrizes no ar.

 

Nossos dias, noites sem estrelas,

Nossas vozes, ecos distantes,

O que éramos se perde na sombra,

Nossos passos hesitantes,

Desmoronando em direção ao vazio.

 

Esperamos por um amanhã,

Onde o sol ou a chuva decidirão,

Se nossos corações ainda dançam,

Ou se o vento levará embora,

O que resta de nós.

 

Mas talvez, entre as tempestades,

Nosso amor encontre abrigo,

E o arco-íris finalmente brilhe.


AMOR INABALÁVEL

por Cesar Costa
 

O amor é como uma corda bamba:

Segurando-nos quando a força parece esgotada,

Afligindo-nos quando temos insônia pelos problemas do outro.

Mas chamamos isso de amor, não é mesmo?

 

Nunca nos rendemos, jamais renunciamos,

Mesmo quando a distância parece absurda,

Quando o caminho se estreita e a terra se abre.

Almejamos o melhor para ambos,

Deixando o individualismo de lado,

Resistindo ao desejo de fugir quando tudo parece tranquilo.

 

Enfrentamos tempestades, enfraquecidos,

Lutando para levar o outro a um porto seguro,

Revelando forças além do imaginado,

Suportando cargas que ultrapassam nossos limites.

 

Repetimos, incansavelmente,

Ultrapassando os limites da tolerância,

Lutando por ambos, mesmo quando o outro se sente vencido,

Quando a colaboração falta e o desânimo se instala.

 

O verdadeiro amor transcende atrações passageiras,

Vai além de parcerias sociais e carícias momentâneas.

É conquistar sem aprisionar, ser retiro e caminho simultaneamente,

Trazer conhecimento, cura e alegria a cada instante.

 

Enfrentamos a escuridão densa,

Caminhamos sem saber o destino exato,

Suportando solidão, medo e angústia.

Pois alguém espera um guia no túnel escuro,

Confiando em nossa força interior para vencer a noite e alcançar a luz.

 

O amor verdadeiro é inabalável, resiliente,

Uma jornada que transcende o efêmero,

E nos torna guias e guardiões uns dos outros.


RELÓGIO DO DESTINO


 por Cesar Costa

No crepúsculo das horas, meu relógio faz tic-tac,

O ponteiro dança, traçando nosso destino com um fio prateado,

E eu, mero espectador, contemplando o espetáculo,

Alheio à percepção de que o tempo é uma ilusão ardilosa.

 

"O amor é como virar a ampulheta", costumava dizer minha avó,

E eu, jovem e tolo, não entendia o que ela queria dizer,

Até que te conheci, e o mundo se dobrou em versos,

Nossos olhares, os ponteiros que marcavam o encontro.

 

As areias do tempo escorriam, grãos dourados de paixão,

E eu, envolto pela fantasia, acreditava na eternidade do amor,

Mas o relógio, ardiloso, sussurrava segredos ao vento,

E o destino, em sua trama impiedosa, preparava a reviravolta.

 

Sob um céu estrelado, teu beijo era o verso final,

A promessa de um sempre, o abraço que selava o pacto,

Mas o relógio, traiçoeiro, acelerou suas batidas incessantes,

E o tempo, sorrateiro qual ladrão, roubou-nos o amanhã.

 

Eis a reviravolta: o amor que julgávamos imortal,

Reduzido a cinzas qual velhas cartas amareladas no baú do passado.

O relógio riu, zombeteiro de nossa ingenuidade romântica,

E o destino, impiedoso, inverteu a ampulheta sem piedade.

 

Atualmente, me vejo como um explorador desorientado na teia do passado,

Os momentos se entrelaçam, os segundos se misturam,

E o relógio, cúmplice da ironia, continua a tic-tacar,

Enquanto eu, inconsciente, espero o próximo verso da vida.


sexta-feira, 22 de março de 2024

PRESCRIÇÃO POÉTICA


por Cesar Costa

Acordei me sentindo bem hoje. Com carinho, fui informado que os resultados dos meus exames estavam prontos. Era importante para mim ter essas respostas, e queria que soubesse que preciso de seu apoio em cada passo, não importa o resultado.

Lembrei-me de que a saúde é uma jornada contínua, e quero você ao meu lado para celebrar as vitórias e superar quaisquer desafios. Quando estiver pronta, podemos revisar os resultados juntos e discutir os próximos passos.

Segue o resultado dos exames:

Diagnóstico: Amor Agudo em Fase Avançada

Sintomas:

  • Taquicardia de saudade, com picos de aperto no peito ao ouvir sua voz.
  • Arritmia emocional, alternando entre euforia ao te ver e apatia na sua ausência.
  • Disfonia da alma, expressando-se em sussurros de desejo e canções de nostalgia.
  • Atrofia da autoestima, necessitando de doses diárias de seu abraço para reabilitar o amor próprio.

Prescrição:

1. Cardiologia do Amor:

  • Beijos quentes, intravenosos, para regular os batimentos cardíacos e restaurar o ritmo da paixão.
  • Massagens carinhosas, como eletrocardiograma, para detectar e eliminar qualquer nódulo de tristeza.
  • Abraços longos, como desfibrilador, para reviver a esperança e energizar o coração.

2. Psicologia da Afetividade:

  • Conversas profundas, como terapia, para desvendar os mistérios da alma e fortalecer a conexão.
  • Gargalhadas compartilhadas, como antidepressivo natural, para elevar o humor e combater a melancolia.
  • Brincadeiras cúmplices, como sessões de ludoterapia, para reavivar a alegria e a leveza da vida.

3. Fonoaudiologia da Comunicação:

  • Palavras doces, como elixir, para acalmar a ansiedade e nutrir o afeto.
  • Elogios sinceros, como sinfonia para os ouvidos, para elevar a autoestima e fortalecer a confiança.
  • Sussurros apaixonados, como mantras de amor, para acalentar a alma e despertar o desejo.

4. Fisioterapia da Alma:

  • Danças apaixonadas, como exercícios aeróbicos, para fortalecer o vínculo e celebrar a vida.
  • Caminhadas lado a lado, como fisioterapia para a alma, para curar as feridas e trilhar novos caminhos.
  • Aventuras compartilhadas, como terapia ocupacional, para estimular a criatividade e a paixão pela vida.

Posologia:

  • Aplicar doses cavalares de amor e carinho, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
  • Reforçar a dosagem com abraços apertados, beijos ardentes e palavras doces a cada encontro.
  • Manter a positividade e a esperança como pilares do tratamento.

Efeitos Colaterais:

  • Sorrisos constantes e felicidade contagiante.
  • Brilho nos olhos e leveza na alma.
  • Sensação de plenitude e paz interior.

Observações:

  • Esta prescrição é vitalícia e intransferível.
  • O paciente deve seguir as instruções com rigor e devoção.
  • O não cumprimento da prescrição pode levar à desidratação emocional, atrofia da alegria e sérios danos ao coração.

Com amor eterno, diante de meu diagnóstico, espero que me ajude a tratar minha enfermidade.

Assinado: Seu Poeta Apaixonado








sexta-feira, 1 de março de 2024

A PARÁBOLA DA FLOR DE LÓTUS E O PÁSSARO VAIDOSO


 por Cesar Costa

Havia uma floresta exuberante, onde vivia um pássaro conhecido por sua vaidade e orgulho. Ele se considerava o mais belo e livre de todos os animais, menosprezando aqueles que eram diferentes. Voava de flor em flor, porém, apenas se interessava por aquelas de cores vivas e perfumes agradáveis, ignorando as simples, pequenas ou sem cheiro, que considerava inferiores e sem graça.

Um dia, o pássaro avistou uma flor singular. Era uma flor de lótus, grande, branca e sem perfume, com um formato que lembrava uma estrela. Curioso, o pássaro se aproximou e questionou:

- Que flor é você? De onde veio? Por que é tão diferente?

A flor respondeu com suavidade:

- Sou uma flor de lótus. Vim de longe, de um grande rio. Minha origem na água me diferencia, mas não me torna inferior.

Surpreso, o pássaro exclamou:

- Como pode uma flor nascer na água? Isso é impossível! Água é fria, escura e suja.

A flor de lótus, serena, explicou:

- A água é fresca, clara e pura. Ela me dá vida, permitindo que eu cresça e floresça.

O pássaro, irritado, retrucou:

- Você não sabe do que fala! A terra é onde a vida prospera, onde a beleza e variedade se manifestam. Você, sem cor, sem cheiro, é insignificante!

A flor de lótus, firme, respondeu:

- Você é um pássaro sem sabedoria, respeito e amor. Sua arrogância e preconceito o cegam.

Furioso, o pássaro avançou para atacar a flor, mas foi impedido por seus espinhos. Surpreso e ferido, o pássaro questionou a flor, que disse com firmeza:

- Sou uma flor que possui espinhos para proteger-se daqueles que pretendem causar-lhe mal. Ensino-te esta lição não por vingança, mas por amor ao próximo. Não julgues pela aparência nem pelas diferenças. Não desprezes o desconhecido nem as origens singulares. Aprende a enxergar a beleza e o valor em todas as coisas, e a respeitar e amar todas as criaturas.

Assim, o pássaro absorveu a lição e arrependeu-se de sua arrogância. Pediu perdão à flor de lótus, que o concedeu sem hesitação. Tornou-se um pássaro mais sábio, humilde e compassivo, voando de flor em flor sem discriminação. Apreciava e valorizava cada ser da natureza, vivendo em harmonia e paz, mas jamais esquecendo a flor de lótus, que lhe proporcionara uma lição de vida.


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

DESEJOS E TRANSFORMAÇÕES

 

por Cesar Costa

Quero que a voz ecoe nos espaços vazios,

quero você mais madura do que nunca,

mas não quero apenas uma sombra da infância.

Quero desvendar todos os meus segredos,

e se seguirmos caminhos distintos, esqueça-os todos!


Quero provar do fruto proibido,

quero ver todos rindo das minhas falhas,

depois, desejo te perder para meu melhor amigo e confidente,

e ser consolado por quem menos eu esperava,

e então testemunhar essa pessoa

transformando todas as minhas dores na minha força.


Depois...

Quero descobrir que você revelou todos meus segredos,

mas quero que perceba o quanto esqueci dos seus,

e finalmente quero resplandecer com mais intensidade.

Quero que todos testemunhem minha ascensão

sem vacilar,

como se uma luz incandescente

cegasse seus olhos,

silenciasse suas vozes

e os libertasse do ódio que outrora proferiram.


Depois...

Quero ver você retornar, pedindo perdão sem reservas,

e poder te mostrar que agora alguém me ama de verdade.

Quero que perceba

o quão limitados foram seus sentimentos

diante do turbilhão de emoções que vislumbrei,

frente à beleza deste novo sentimento

que desponta em todos os sentidos.


Depois...

Quero que aquele que julgava ser meu melhor amigo

me estenda a mão,

e com um sorriso, celebre minha conquista.

E darei a mão àquela que me consolou,

aquela em quem menos esperei,

e com ela compartilharei toda a riqueza alcançada.

Mostrarei a essa pessoa

o verdadeiro significado da amizade!


E então, quero apenas ser feliz,

com quem genuinamente me faz feliz!


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

PROMESSA DE ETERNO DELEITO

 

por Cesar Costa

Em chamas ardo por ti, alma e corpo,

ardente desejo que me consome e me acende,

anseio visceral de querer atracar em seu porto,

num regalo que ao tempo transcende.

 

Nossas essências se entrelaçam, entranham-se,

numa dança desenfreada de muito fervor,

cada toque, uma sinfonia de êxtase,

cada beijo, um mergulho nas profundezas do amor.

 

Na pele, a suavidade da seda e a aspereza do desejo,

no olhar, a ternura da aurora e a intensidade do vulcão,

cada entrega, uma rendição à voracidade do cortejo,

cada encontro, um embate entre a razão e a paixão.

 

Nossos corpos, argila modelada pelo nosso jeito,

esculpindo sem remorso, toda nossa volúpia e nosso prazer,

numa obra que transcende nosso encaixe perfeito,

sobre o pedestal da intimidade, modelando nosso querer.

 

No palco da nossa entrega, sedução a cada momento,

num vaivém de anseios, entre medo e libido,

cada suspiro, um poema sussurrado ao vento,

cada gemido, uma ode ao nosso desenlace proibido.

 

Nossas almas sedentas se encontram no leito,

num enlace que transcende o mero aprazimento,

cada olhar, uma promessa de eterno deleito,

cada toque, um novo orgasmo a cada momento.

 


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O CONTO DA PRINCESA SÁBIA

 

O Conto da Princesa Sábia
                                                        por Cesar Costa

Há muito tempo, em um reino distante, existia uma jovem princesa chamada Adelina. Ela era excepcionalmente inteligente e sábia, mas lamentavelmente, no reino dominado por tradições antiquadas, sua sabedoria era ignorada por muitos simplesmente por ser mulher.

O Desafio da Princesa
Adelina tinha um irmão mais velho, o príncipe Edmund, que ansiava pelo trono. Ele via a inteligência e a sabedoria de Adelina como uma ameaça à sua ambição. Determinado a minar sua irmã, ele sabotava suas tentativas de se envolver nas questões do reino e constantemente tentava desacreditá-la perante o rei e a corte.
Um dia, o reino enfrentou uma crise terrível, e o rei, desesperado por soluções, convocou uma reunião de emergência. Adelina viu nisso uma oportunidade para mostrar seu valor, mas seu irmão, mais uma vez, tentou impedi-la de participar.

A Reviravolta
Determinada a não ser mais ignorada, Adelina decidiu tomar as rédeas de seu próprio destino. Com coragem e perspicácia, ela se infiltrou na reunião disfarçada e apresentou um plano brilhante para resolver a crise. Seu conhecimento e visão surpreenderam a todos, e o rei reconheceu finalmente a sabedoria de sua filha.
Impressionado com a inteligência e a coragem de Adelina, o rei a nomeou conselheira real, concedendo-lhe uma voz influente nas decisões do reino. A princesa, agora respeitada por sua sabedoria e astúcia, trabalhou incansavelmente para melhorar a vida de todos no reino.

O Legado da Princesa Sábia
Com o passar dos anos, o reino floresceu sob a orientação da princesa Adelina. Sua inteligência e compaixão trouxeram tempos de paz e prosperidade, e seu irmão, o príncipe Edmund, aprendeu a valorizar e respeitar a habilidade de sua irmã.
Adelina se tornou uma lenda, lembrada não apenas por sua inteligência e sabedoria, mas também por sua coragem de desafiar as normas e mostrar ao mundo que o valor de uma pessoa não pode ser determinado por seu gênero, mas sim por suas ações e caráter. E assim, a princesa sábia deixou um legado duradouro de igualdade e justiça para as gerações futuras.

E viveram felizes para sempre.

Este é o conto da princesa sábia, cuja determinação e inteligência a elevaram acima da adversidade, inspirando todos ao seu redor a valorizar a sabedoria, independentemente de quem a possua.

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

ONDE OS SONHOS DA INFÂNCIA DANÇAM


             por Cesar Costa

Na vastidão do tempo, existe um lugar encantado,

Onde a inocência brinca e o sorriso é entoado.

É a terra mágica da infância, onde a alma é leve e pura,

Onde os sonhos dançam e a imaginação perdura.

 

Nas asas da aurora, a criança desperta para o mundo,

Explorando cada canto, cada segredo profundo.

Como um ser divino, ela desvenda os mistérios da existência,

Em um universo de encanto e resplandecente essência.

 

Seus olhos curiosos são janelas para a maravilha,

Absorvendo a beleza, em cada pétala de flor que brilha.

Seus passos são leves, como pegadas na areia,

Deixando vestígios de alegria e esperança em tudo que clareia.

 

A infância é o tempo das descobertas e das brincadeiras,

Onde o sorriso é o idioma das almas verdadeiras.

É a época em que a inocência floresce em cada fresta,

Ensinando-nos a amar sem reservas, com um coração em festa.

 

Na infância, os sonhos são asas que nos conduzem ao infinito,

E a imaginação é a força que faz sentir o dia mais bonito.

Em cada risada, o mundo se torna um lugar mais colorido,

E a pureza de uma criança é um tesouro nunca esquecido.

 

Então, abrace a infância que vive em teu ser,

Deixe-a dançar e cantar, sem nada temer.

Pois é nesse estado de graça que encontramos a verdade,

A essência da vida, em sua mais pura simplicidade.

 

Que a infância permaneça viva em nossos corações,

Como um farol de luz, guiando nossas ações.

Que possamos cultivar a criança interior, com amor e devoção,

E assim, redescobrir a magia perdida, em cada estação.


sábado, 3 de fevereiro de 2024

POEMA SOBRE O PRECONCEITO

 


por Cesar Costa

Sobre o preconceito, permitam-me abordar,

Como um sábio o faria, com sabedoria a ecoar.

No tecido da sociedade, uma sombra se esconde,

O preconceito, manto que com a humanidade não corresponde.


Assim como a lua que esconde parte de sua luz,

O preconceito obscurece o brilho que conduz.

Ele se manifesta em juízos apressados,

Em olhares desconfiados, em corações apertados.


Perguntai aos vossos corações, oh filhos da Nação,

O que ganhais ao julgar pela cor ou pela devoção?

O preconceito é um fardo pesado, traiçoeiro,

Que nos afasta do entendimento verdadeiro.


Não é a cor da pele ou a origem que define,

A essência do ser, a chama que nos ilumine.

É na diversidade que reside a riqueza,

Não permitais que o preconceito vos cegue à beleza.


Quando julgais pela aparência, pelo nome,

Perdeis a chance de conhecer o que a alma consome.

O preconceito é um muro que separa,

Impede a conexão, a compreensão que ampara.


Abri vossos olhos para a verdade que transcende,

Não deixeis que o preconceito a sabedoria remende.

Em cada ser há uma história a desvendar,

Não permitais que a ignorância venha eclipsar.


Perguntai a vós mesmos, oh habitantes da Terra,

Qual o preço do preconceito que a humanidade encerra?

É a fragmentação da unidade, a negação do amor,

Uma sombra que paira sobre o esplendor.


Amai-vos uns aos outros, sem distinção,

Rompei as correntes do preconceito, com decisão.

Na aceitação reside a verdadeira magia,

Uma sinfonia harmoniosa, onde cada voz tem energia.


E quando encontrardes o preconceito à vossa porta,

Não fecheis os olhos, nem endureçais com quem te conforta.

Em vez disso, que a compaixão seja a guia,

E que a luz da compreensão dissipe a sombra vazia.


Assim como um sábio falaria com sabedoria,

Que o preconceito seja vencido pela empatia.

Que a humanidade, em sua diversidade,

Caminhe rumo à verdadeira fraternidade.



terça-feira, 30 de janeiro de 2024

MAR DA SAUDADE

 


por Cesar Costa

Saio de um mar profundo,

que eleva suas ondas e saúda as estrelas

que no céu brilham a iluminar nossas noites. 

 

Nas brancas areias da praia

se espalha como em nossas preces,

enaltecendo a vida farta e harmoniosa

que em nossos corações habita. 

 

Nos rochedos se espalha a espuma borbulhante

como um sinal de paz,

com suas águas multicoloridas, 

refrescando o voo das gaivotas, 

nossas doces companheiras, 

que de nossos sonhos se alimentam.

 

Vem qual a saudade em que nasce esta poesia,

como o sopro que assanha os nossos cabelos,

como uma fina chuva

que imperceptível nos encharca

enquanto aguardamos o destino

que demora chegar! 


O SONHO SÓLIDO