quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O TEMPO QUE NOS MOLDA

por Cesar Costa

Você já sentiu o tempo deslizando,

como areia entre os dedos,

os dias se arrastando,

enquanto os anos dançam,

rápidos, como folhas ao vento?

 

A rotina gira,

um carrossel de risos e lágrimas,

a monotonia se veste de cores,

cada dia um eco do outro,

mas dentro dessa dança,

há uma música oculta.

 

Você se vê,

refletido nas pequenas coisas:

o cheiro do café pela manhã,

as risadas compartilhadas,

a luz que entra pela janela,

tudo isso um convite à vida.

 

E mesmo enquanto o ciclo se repete,

a resiliência brota do concreto,

como flores que desafiam a gravidade,

crescendo entre as fissuras,

encontrando beleza no comum

e força na aceitação.

 

O tempo não é apenas um ladrão;

ele é o escultor que molda sua essência.

Cada instante vivido,

cada rotina abraçada,

é um passo em direção ao que você se torna.

 

Então, dance com a vida,

mesmo quando a música parece a mesma.

Busque significado nas sombras,

encontre luz nas pequenas coisas,

pois a beleza está, sem dúvida,

na arte de viver o repetido,

na arte de amar o que é. 

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