Saudade é um rio que corre profundo,
Mistura de dor e amor, um laço fecundo.
É a brisa que sussurra histórias passadas,
Um abraço invisível nas noites caladas.
Ela chega sem aviso, um toque suave,
Desperta memórias, como maré que invade.
Cada lembrança é uma estrela que brilha,
No céu do coração, onde o tempo se aninha.
É na dor que a saudade refina,
Lapida memórias, deixa a alma divina.
Purifica o amor, como fogo que arde,
Transforma em sagrado o que antes era alarde.
Aceitar sua presença é um ato de coragem,
Desnudar o coração, viver a viagem.
Cantar suas notas, dançar sua melodia,
Abraçar a saudade com plena alegria.
É uma força que não se pode domar,
Um vento que sopra, impossível calar.
Mas ao entregar-se sem hesitação,
Encontramos paz dentro da transformação.
A saudade, então, se torna gratidão,
Celebra o amor que molda o coração.
E ao final, somos mais inteiros,
Nutridos de amor, de sonhos verdadeiros.
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