O vento sussurra segredos antigos,
Com mãos invisíveis toca a pele,
E leva embora o que julgávamos eterno,
Mas, ao partir, planta sementes de mudança.
Sopra as folhas secas do ontem,
Transforma memórias em poeira dourada,
E, no vazio deixado, nasce um novo amanhã,
Um jardim secreto sob as tempestades.
Há uma dança no ar, feita de perdas,
Onde cada folha caída é uma promessa,
De que o ciclo nunca cessa,
E a dor carrega em si o dom do renascimento.
O vento, que arranca as raízes mais fundas,
Também traz o frescor de novas manhãs,
E na sua fúria, encontramos forças ocultas,
Para seguir, mesmo quando o chão nos falta.
Nas curvas do rio, aprendemos a ceder,
A adaptarmo-nos ao fluxo incessante,
E cada desafio, como pedra no caminho,
É um degrau que nos leva a ser mais fortes.
O amor floresce, mesmo sob ventanias,
Um farol que brilha em meio à escuridão,
Resiliente, como a canção que ecoa no peito,
Guiando-nos, quando tudo parece desmoronar.
E assim, seguimos, de braços abertos,
Abraçando o que vem, despedindo-nos do que foi,
Pois no sopro do vento, há uma promessa,
De que a vida, em sua dança, nunca cessa.
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