por Cesar Costa
Tantas palavras nuas, expostas,
que me levaram
a revelar todos mais íntimos segredos.
Tanta coisa dita,
vinda de dentro do peito,
ecoando pelas ruas,
provocando sussurros e murmúrios.
Tantos risos
diante de minha face sem máscaras,
sem o escudo do esconderijo dos sentimentos.
Por dar demais,
muito de mim perdi,
muito de mim caiu
e bateu com a face
no chão frio e sujo da maledicência.
Vi-me exposto à vergonha
e ao riso,
exposto a minha própria tragédia.
A entrega ante ao nada,
a traição ante a queda,
o sarcasmo frente ao amor.
Em meio à dolorosa queda,
as investidas inseguras,
o medo oriundo do peito,
o receio de si em si mesmo.
À vontade de amar,
junto ao medo de dizer que amo!
À vontade de viver,
junto à insegurança de realizar os sonhos!
Mas não hei de ficar assim,
sentado, vendo a volta por cima de todos,
caído no chão, enquanto os outros levantam.
Não hei de ser um vencido
numa guerra onde não existem os vencedores,
o último quando ainda não está definido
quem serão os primeiros.
Vou voltar a sonhar, levantar
e me erguer,
concretizando meus sonhos
e fazendo o meu destino se reescrever!