Por Cesar Costa
Bate na porta da alma, uma voz
aquela que o acorda e o transforma em si mesmo
e, por mais que reflita, está menos para mártir quanto para algoz.
Na solução química da liberdade a esmo
alguém se encontra, então se liberta;
enfim vai de encontro, tragando-o, seu sesmo.
Só que este alguém, tem na sorte, companheira incerta
no fluxo do seu destino, fluindo
destrói-se o vasto e vão; não, não quebra, conserta.
Como errante, inconsciente vai indo
seguindo verdadeiro e profundo amor
mas, suas palavras são perdidas por estar mentindo.
“Ser ou não ser?” Volta a indagar seu interlocutor
sua voz interior retorna e lhe questiona
vê-se caído ao chão; foi escravo, não foi senhor.
Sua boca, reticente, canta qual linda prima-dona
reconhecendo ser dos males, o menor
se bem não faz, seu entejo, emociona
em tom dramático, êmulo questionador, enriquece a alma, alimenta, traz ardor.
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