quarta-feira, 19 de outubro de 2016

FOME


por Cesar Costa

Faltam grãos para preencher o céu da boca
Meus dentes não mordem nada
E meu derradeiro alimento foi o sono

Poeta morto em devaneio torto
Cantor da canção esquecida sem um único ouvinte´
Mártir vivo por sua causa morta

Quem é o condutor deste veículo seguindo a ermo?
Qual o destino desta corrida pelo desatino?
Onde está a luz quando na escuridão não há túnel?

Caio na esquina com a mente enfraquecida
Apenas na bolsa carboidrato de palavras e proteína de verso
Com o qual alimento a alma enquanto o corpo sente fome

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O SONHO SÓLIDO