sábado, 1 de setembro de 2018

O HOMEM INVISÍVEL


por Cesar Costa

Um vazio entre a terra e o ar,
um vão entre o céu e o mar,
a diferença entre esquecer e amar.
Onde está?
Onde estará?
Se nem sei o que estou procurando.
Às vezes sou como o reflexo do vampiro no espelho,
outras sou o reflexo primitivo do meu desejo,
receio meu anseio e falseio.
Nem sabes quem sou,
aonde vou,
como estou.
Como poderias saber que existo?
Sem sentido querer ser visto,
se minha ambição de deixar de ser uma quimera
é mera formalidade de um ser prolixo.
Amar e não ser amado,
ver e não ser visto,
existir para quem não existo.
Sou isto!
Mas de ti, não tem jeito, não desisto!

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