Um poeta faminto, alma sedenta por versos,
Vaga pelas ruas da vida, em busca de universos.
Seus olhos cansados refletem a incerteza,
Enquanto a fome o consome, como uma tristeza.
Seus versos, outrora férteis como a primavera,
Agora murcham, sedentos por uma nova quimera.
As palavras fogem, esquivas como sombras ao luar,
Deixando o poeta vazio, à mercê do desamparar.
Além da fome literal, a fome da inspiração o dilacera,
Como um abismo profundo, uma dor que o esquarteja.
A solidão é sua musa, o vazio, sua companhia,
E a angústia, sua tinta, em cada página vazia.
Que retrato amargo desta jornada solitária,
Onde a arte e a existência se entrelaçam de forma precária.
Assim o poeta segue, alimentando-se de sonhos incertos,
Enquanto sua fome, eterna e voraz, o mantém sempre desperto.
Que esta poesia seja um convite à reflexão,
Sobre a luta do artista e a sua eterna aflição.
Pois no torvelinho da vida, na incerteza e na escuridão,
O poeta faminto busca, incansável, a sua redenção.
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