segunda-feira, 6 de julho de 2020

ENTRE A TERRA DESERTA E O REFÚGIO SAGRADO

 

por Cesar Costa

Na vastidão do deserto, onde o silêncio dança com o vento,

Caminho sozinho, em busca de respostas escondidas nas dunas,

A areia queima sob meus pés, mas a sede de significado me guia,

E a solidão, antes inimiga, se torna agora minha companheira fiel.

 

À distância, uma árvore caída repousa como um segredo ancestral,

Seus galhos retorcidos, testemunhas silenciosas de tempos idos.

Nela, encontro memórias de um amor que se foi, como folhas ao vento,

E a saudade me envolve como um véu de névoa dourada.

 

A simplicidade da paisagem me ensina lições profundas:

Confiança é como raízes que se entrelaçam no solo árido,

Crescendo lentamente, apesar das tempestades e do tempo implacável.

E à medida que envelheço, aprendo que a verdade reside na quietude.

 

Sigo em frente, em busca de um refúgio secreto,

Um lugar onde as estrelas sussurram segredos cósmicos,

Onde posso compartilhar meus pensamentos mais íntimos,

E encontrar esperança na vastidão do céu noturno.

 

Nesse momento único e inesquecível, a solidão se transforma,

E a plenitude se revela nas pequenas coisas: um sopro de brisa,

O eco distante de um pássaro solitário, a textura áspera da casca da árvore.

E ali, sob o manto das estrelas, encontro meu refúgio sagrado.


O SONHO SÓLIDO