sábado, 26 de agosto de 2017

PHOENIX


por Cesar Costa


Quanto medo há de sentir 
na ânsia de se esconder 
na escuridão e não se encontrar

Quanto tempo há de perder 
na esperança se descobrir 
no reflexo e não sonhar

Ainda que ouvisse a canção da liberdade, 
não ouvirias a liberdade;
Ainda que visse o desabrochar do vosso desejo, 
não comerias teu fruto;
Nem saberias da eterna troca 
onde cada dia de vida 
nada mais é que uma lição de verdade.


Quanto barulho há de ouvir 
no silêncio de se viver 
na solidão e não fugir

Quanta loucura há de existir 
na experiência de se olhar 
no espelho e não se ver

Ainda que ela falasse a língua dos anjos e dos homens,
 em nada iria valer, por não haver amor;
Ainda que tivesse as asas dos pássaros, 
em nada teria sentido, por não saber voar;
Nem saberias dos motivos do criador da vida 
onde o próprio sol 
muito mais é que uma tocha para esquentar e iluminar.


Em todo caso apenas diria:
- Eleve-se comigo e comecemos,
Cada manhã é o início de uma nova era...

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O SONHO SÓLIDO