terça-feira, 15 de abril de 2014

inDISCRIÇÃO DO BEIJO


por Cesar Costa

Na calma e na inocência de um mero olhar,
nasce a vontade;
onde os olhos deixam de se confrontar
e passam a observar a boca.
Neste instante,
são mudas todas as palavras
e tudo que for dito
terá condição de um idioma já extinto,
a única linguagem que ainda entendemos é o instinto.
Nesta hora a química percorre o corpo,
na alma invade a sede,
 pulso se acelera e explode
num único ensejo:
O BEIJO!

Ponto de ignição dos desejos de dois corpos
ansiosos pela sede de amar,
 agora a pele já arde e atenta os corpos
que funcionam como meros tradutores das fabulas
contadas pelos hormônios...
Os corpos exalam feromônios,
as mentes libertam seus demônios,
a ânsia supera a decência
e o instinto supera a ciência.

Agora não somos mais dois seres humanos,
somos dois animais selvagens
soltos na jaula da libido pura pela sua impureza;
no homem acorda seu estado mais desnudo: O MACHO!
A mulher expele para fora sua essência: A FÊMEA! 

Suave tentação a se desnudar pela boca
almas que se tocam,
se unem lábios
e os corpos se esfregam
no compasso da tentação de desejar
e realizar a grandeza de seu mais inocente pecado:


A LASCÍVIA NASCIDA DO BEIJO!

O SONHO SÓLIDO