por Cesar Costa
Na calma e
na inocência de um mero olhar,
nasce a
vontade;
onde os
olhos deixam de se confrontar
e passam a
observar a boca.
Neste
instante,
são mudas
todas as palavras
e tudo que
for dito
terá
condição de um idioma já extinto,
a única
linguagem que ainda entendemos é o instinto.
Nesta hora a
química percorre o corpo,
na alma
invade a sede,
pulso se acelera e explode
num único
ensejo:
O BEIJO!
Ponto de
ignição dos desejos de dois corpos
ansiosos
pela sede de amar,
agora a pele já arde e atenta os corpos
que
funcionam como meros tradutores das fabulas
contadas
pelos hormônios...
Os corpos
exalam feromônios,
as mentes
libertam seus demônios,
a ânsia
supera a decência
e o instinto
supera a ciência.
Agora não somos mais dois seres humanos,
somos dois
animais selvagens
soltos na
jaula da libido pura pela sua impureza;
no homem
acorda seu estado mais desnudo: O MACHO!
A mulher
expele para fora sua essência: A FÊMEA!
Suave
tentação a se desnudar pela boca
almas que se
tocam,
se unem
lábios
e os corpos
se esfregam
no compasso
da tentação de desejar
e realizar a
grandeza de seu mais inocente pecado:
A LASCÍVIA
NASCIDA DO BEIJO!